Foto: Reprodução/Internet

 

Tensão em nível máximo é o que estamos assistindo em Brasília desde que a campanha de Jair Bolsonaro denunciou o escândalo do ‘radiolão petista’.

Com a ajuda de empresas de auditoria altamente capacitadas, foram apresentadas provas de que há um grande esquema de ‘desvios’ e ‘omissões’ em veiculações de propaganda eleitoral em centenas – senão milhares – de rádios.

Como era de se esperar, a incidência foi maior no Nordeste, em estados e municípios majoritariamente ‘sob domínio’ do PT e de partidos de esquerda.

Foram, pelo menos, 156 mil veiculações a menos para Bolsonaro, em relação ao outro candidato, quando a lei eleitoral determina paridade e igualdade rígida para este e todo tipo de propaganda no segundo turno.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes exigiu as provas em 24 horas e as obteve – um total de 5 mil páginas.

Seu primeiro ato, demitir um servidor do departamento responsável pela distribuição e a logística das propagandas – em uma atitude polêmica e ainda sem explicação convincente.

Em seguida, proferiu sua decisão, usando como base a análise, em tempo recorde (lembrem-se, eram 5 mil páginas), de um ‘especialista’ que já esteve a serviço do PT em 2019, e uma conta de twitter de um perfil anti Bolsonaro (clique aqui para ver a decisão e confira a análise superficial e o agradecimento ao canal ‘desmentindobozo’).

Página 8 da decisão de Alexandre de Moraes

O especialista, Miguel Freitas, engenheiro e professor da PUC-RJ, que em 2019 participou de audiência da CPMI das Fake News no Congresso Nacional e jurava que teria como provar que a campanha de Bolsonaro havia feito disparos em massa contra a candidatura do petista Fernando Haddad, na disputa presidencial de 2018. Não conseguiu.

Reprodução – TV Senado – Miguel Freitas, engenheiro e professor da PUC-RJ, especialista que analisou as provas encaminhadas pela campanha de Bolsonaro.

Miguel Freitas, engenheiro e professor da PUC-RJ, especialista que analisou as provas encaminhadas pela campanha de Bolsonaro.

Moraes, entretanto, determinou o arquivamento do processo e, não satisfeito, solicitou à Procuradoria Geral da República (PGR) que investigue a ação da campanha do capitão, sob ameaça de cometimento de crime eleitoral e cassação da chapa.

Motivos mais do que suficientes para Bolsonaro, com seu temperamento explosivo, vir a público e dizer impropérios.

Mas, não… não foi isso que aconteceu.

Em pronunciamento a dezenas de veículos de comunicação, no saguão principal do Palácio do Planalto, na noite desta quarta-feira (26), Jair falou por 9 minutos, em um de seus momentos mais serenos desde que passou a ocupar a cadeira presidencial.

Ponto a ponto, explicou e analisou a situação, acusou a farsa, apontou os possíveis culpados, renovou seu respeito à Constituição e ao processo eleitoral e foi muito claro em sua conclusão:

“Iremos até as últimas consequências”.

 Conforme noticiado aqui no JCO, ele saiu desta conversa com os jornalistas e seguiu para um encontro com membros da campanha e ministros, entre eles o da Defesa e os comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

Há também a informação de que representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA) haviam adentrado o estacionamento do Palácio, alguns minutos antes do encontro (talvez para uma conversa privada com Bolsonaro).

O que foi conversado, só saberemos, talvez, daqui a alguns dias.

Mas antes é preciso ir às urnas. Domingo, o povo precisa dar a resposta, com urgência e sem fugir de sua responsabilidade.

É pela nossa liberdade!

Vale a pena assistir o vídeo completo para compreender a gravidade do momento:

Com informações da JC online