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A ministra Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), a menos de 20 dias do segundo turno, teceu duras considerações justificando a sua decisão.
“Não ingressei no STJ para pautar minha atuação jurisdicional em fundamentos de ordem política. A política deve ser conduzida por representantes do povo, eleitos pelo voto direto. O discurso ‘nós contra eles’ não é bom para o país, nem é bom para a democracia”, disse ela.
O posicionamento de Laurita Vaz foi proferido no início da sessão da Corte Especial, convocada para o referendo da liminar da ministra.
Participaram do julgamento os 15 ministros mais antigos do tribunal.
Laurita afirmou que era preciso uma “introdução atípica” para “repudiar com veemência” as alegações.
“Se eu tivesse, como se diz por aí, sentado em cima dos autos em razão das eleições, aí sim eu estaria agindo com viés político, porque estaria esperando um fato estranho ao inquérito para adotar medidas cautelares urgentes para estancar a sangria desatada do dinheiro público”, disse.
Segundo ela, “pessoas inescrupulosas” tentam transformar a decisão judicial em “palco para embates políticos”, mesmo sem ter tido acesso à íntegra dos autos.
“Plantam veneno para colher frutos estragados pela baixeza de argumentos mal intencionados.”
A declaração foi um recado aos aliados de Dantas, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Eles falam em perseguição política para desestabilizar a campanha do emedebista, que disputa o segundo turno com Rodrigo Cunha (União), do grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Com informações do JCO