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O embaixador colombiano na Venezuela, Armando Benedetti, anunciou na quarta-feira (7) que foi retomada a cooperação judicial entre os dois países, que restabeleceu suas relações diplomáticas em agosto passado, após três anos e meio de ruptura.

“A cooperação judicial entre Venezuela e Colômbia já está ativada”, disse o diplomata, sem maiores detalhes, em uma breve mensagem que divulgou em sua conta no Twitter.

Desde que romperam relações em 2019, a cooperação judiciária bilateral tem sido praticamente nula com pedidos de extradição não atendidos ou trabalhos conjuntos em amplas questões entre suas fronteiras, como tráfico de drogas, tráfico de pessoas ou contrabando.

Com a chegada ao poder do esquerdista Gustavo Petro na Colômbia, iniciou-se um acelerado restabelecimento das relações, que até agora inclui a nomeação de embaixadores em cada país e a retomada da cooperação militar, entre outras questões.

Nesse sentido, o primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello , expressou em agosto seu desejo de que a Colômbia extradite os antichavistas que o regime de Nicolás Maduro rotula como “assassinos” ou “ladrões”.

Embora Cabello não tenha citado ninguém diretamente, ele assegurou que há vários líderes da oposição vivendo na Colômbia que têm casos pendentes na Justiça venezuelana.

Diante dessa abordagem, Petro interveio para garantir que seu país garantisse o direito de asilo e refúgio.

Entre outras questões, a reativação da cooperação judiciária abre as portas para uma revisão do caso da empresa petroquímica Monómeros, subsidiária da estatal PDVSA em Barranquilla, que estava nas mãos do líder da oposição Juan Guaidó enquanto ele era reconhecido pelo o anterior governo colombiano como presidente interino da Venezuela.

Durante a gestão da Monómeros pela oposição, o regime venezuelano denunciou vários crimes de corrupção que levaram a empresa à “ruína”.

Benedetti garantiu, em entrevista à EFE, que o controle da empresa será devolvido ao governo Maduro, que é o que reconhece a Petro como a única e legítima autoridade na Venezuela.

Com informações da EFE