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O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Paraíba, Land Seixas, divulgou uma nota de repúdio contra o Governo do Estado por conta da política salarial que vem enfrentando os jornalistas lotados no DPS-1600 (Grupo de Divulgação e Promoção Social do Governo do Estado), que amargam quase 16 anos sem correção no Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria.
“Para que se tenha ideia da penúria dos jornalistas do Grupo DPS – 1600, os vencimentos, feitos os descontos obrigatórios, variam de R$ 1.400,00 a R$ 1.600,00, ou seja, pouco mais do que o salário mínimo nacional”, justifica o presidente da entidade. Segue abaixo a nota:
NOTA DE REPÚDIO
“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba manifesta seu repúdio ao secretário de Comunicação Institucional do Estado da Paraíba, Nonato Bandeira, e ao governador João Azevêdo (PSB) pelo descaso com que vêm tratando a situação dos jornalistas lotados no DPS – 1600 (Grupo de Divulgação e Promoção Social do Governo do Estado). Incrivelmente, estes profissionais amargam quase 16 anos sem aumento ou reposição salarial, exceto o concedido este ano pelo governador de maneira linear aos demais servidores e com índice que não muda a situação da categoria.
Para que se tenha ideia da penúria dos jornalistas do Grupo DPS – 1600, os vencimentos, feitos os descontos obrigatórios, variam de R$ 1.400,00 a R$ 1.600,00, ou seja, pouco mais do que o salário mínimo nacional.
De maneira “incompreensível”, há outros servidores estranhos ao quadro que recebem salários muito maiores, causando um constrangimento aos jornalistas do Grupo DPS – 1600.
Se fizermos uma comparação com outras categorias, todas de grande importância e merecedoras de valorização, a verdade é que os jornalistas recebem menos da metade do que é pago a um soldado da PM-PB e cerca de 33% do piso nacional da enfermagem aprovado recentemente pelo Congresso Nacional e a respeito do qual o governador assumiu o compromisso de honrar a partir do ano que vem.
A grande pergunta que os profissionais de imprensa se fazem é por que o governador ao invés de se sensibilizar com o pleito justo desse segmento do funcionalismo público estadual, nunca sequer recebeu uma representação dos jornalistas para negociar. Já Nonato Bandeira, apesar de ser jornalista e já ocupar a Secom pela segunda vez, nunca manifestou interesse de resolver o problema que aflige seus colegas de profissão. Sempre que procurado variou entre a inércia e a tentativa de impedir o contato dos jornalistas com o governador João Azevêdo que, por sua vez apresentou alternativas para o pessoal da Segurança, dos professores e mais recentemente da Enfermagem, mas nenhum aceno fez aos jornalistas.
Vexatório é mencionar que Nonato chegou a dizer que nem ele e nem a Secretaria de Comunicação Institucional dispunham da planilha com os nomes, salários, tempo de serviço e a lista de jornalistas que atualmente trabalham na divulgação dos atos do governo e do governador João Azevedo. E isso acontece mesmo tendo sido entregues diversas relações com os dados referentes ao grupo DPS- 1600 e documentos contendo as nossas reivindicações e as defasagens salariais, além disso, era de conhecimento do Secretário e do Governo o reduzido número (150) de jornalistas profissionais
Diante de todo lastimável desinteresse do governador da Paraíba, João Azevêdo e do secretário de Comunicação Institucional da Paraíba, Nonato Bandeira, pela angústia dos colegas que já se arrasta por quase duas décadas, nos resta repudiar esse comportamento, tão discrepante do que se esperava de um governante que submete seu nome à reeleição sem nunca em quatro anos ter demonstrado respeito ou sensibilidade aos jornalistas, que atuam justamente na divulgação dos atos de gestão. Igualmente, a categoria esperava mais do ex-presidente da Associação Paraibana de Imprensa, um profissional que já esteve à frente de redações e que sabe as dificuldades enfrentadas pelos jornalistas, mas ainda assim, despreza a luta de seus companheiros por condições mais dignas de vida.
Enquanto o slogan do Governo é “Somos todos Paraíba”, o grupo DPS- 1600, ignorado na gestão de João Azevêdo, se sente excluído e marginalizado. Assim sendo, só resta ao Sindicato expor essa insatisfação e continuar lutando para que o reconhecimento aconteça ainda que de maneira tardia. Mais uma vez, a luta continua”.