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Em campanha para voltar ao Senado, político do PL é acusado de calúnia contra Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 16, para tornar réu o ex-senador Magno Malta (PL-ES), em acusação de calúnia apresentada pela defesa de Luís Roberto Barroso, outro integrante da Corte.

Magno Malta afirmou em junho passado que o ministro Barroso “batia em mulher” e era alvo de processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por conta de crimes previstos na Lei Maria da Penha.

Moraes é relator de uma queixa-crime, que é uma acusação formal quando há delitos contra a honra. O caso é analisado no plenário virtual do STF, com previsão de conclusão na próxima semana. Em seu voto nesta sexta-feira, o ministro argumentou que a liberdade de expressão não pode ser interpretada como “liberdade de agressão”.

As declarações de Malta sobre Barroso aconteceram durante o Cpac Brasil, evento político realizado em Campinas (SP). Na oportunidade, o ex-senador afirmou que o ministro “tem dois processos no Superior Tribunal de Justiça, na Lei Maria da Penha, de espancamento de mulher”.

Na queixa-crime, Barroso argumenta que, mais que ataques contra sua honra, as declarações de Magno Malta tinham como objetivo a difusão de desinformação contra o Judiciário e a promoção de atos antidemocráticos.

Na oportunidade, Malta se manifestou que pretendia se defender, apesar de entender que o STF não é o foro adequado para a questão. O ex-senador ainda sustentou que faz a mesma crítica a Barroso desde 2013, compartilhando nas redes sociais um vídeo de quando ocupava uma cadeira no Congresso.

Atualmente, Magno Malta está em campanha no Espírito Santo na tentativa de voltar o Senado, como candidato do Partido Liberal.

Com informações da Revista Oeste