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Acerto ocorre em meio à crise energética causada pela guerra travada entre Rússia e Ucrânia; até o ano passado, país comandado por Putin era responsável pelo suprimento de 40% das necessidades alemãs

Os Emirados Árabes Unidos assinaram, neste domingo, 25, um acordo com a Alemanha para o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) e de diesel até o final do ano. O acerto ocorre no momento em que Berlim busca novas fontes de energia para substituir o abastecimento russo, afetado em razão da guerra que ocorre na Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro.

O país comandado por Vladimir Putin era responsável pelo suprimento de cerca de 40% das necessidades energéticas alemãs até 2021. Ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, o ministro da Indústria dos Emirados, Ahmed Al Jaber, tratou a assinatura como um “novo acordo histórico que reforça a crescente parceria energética entre os Emirados Árabes Unidos e a Alemanha”, informou a agência de notícias estatal WAM. Scholz, por sua vez, disse “acolher com satisfação o acordo de segurança energética”.

Como parte deste pacto, os Emirados Árabes Unidos fornecerão “um carregamento de GNL, com entrega até o final de 2022, o qual será utilizado na operacionalização do terminal flutuante de importação de GNL da Alemanha, em Brunsbuettel”, um porto do Mar do Norte. A empresa estatal de petróleo dos Emirados, a ADNOC, completou sua primeira entrega direta de diesel para a Alemanha no início deste mês e, segundo o comunicado divulgado neste domingo, “fornecerá até 250.000 toneladas de diesel por mês em 2023”.

O acordo com os Emirados Árabes foi selado no segundo dia de viagens de Olaf Scholz pelo Golfo em busca de novas opções energéticas. A ideia é mitigar os danos causados pela guerra, que ocorre há sete meses, e atenuar a crise neste setor. No sábado, o premiê alemão se reuniu, em Jidá, com o príncipe saudita Mohamed Bin Salman. Neste domingo, Scholz deve seguir para o Catar, onde deve conversar com o emir catariano, o xeque Tamin Bin Hamad Al Thani.

Com informações da AFP