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Nesta segunda-feira (1º), a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, fez duras críticas a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em um inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a procuradora, Moraes violou o sistema acusatório ao determinar novas medidas na apuração do inquérito que apura se Bolsonaro vazou “dados sigilosos” de uma investigação da Polícia Federal ainda não finalizada.
Lindôra voltou a defender que o Supremo arquive o inquérito.
A vice-procuradora-geral ainda defendeu a atuação do chefe da PGR, Augusto Aras – que já pediu o encerramento da investigação. De acordo com ela, Aras atuou de forma técnica, jurídica, isenta sem “qualquer desiderato [desejo] de prejudicar ou beneficiar determinadas pessoas”.
O fato é que, em agosto de 2021, o presidente divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura um ataque ao sistema interno do TSE em 2018 – e isso parece ter gerado uma revolta em Moraes que decidiu abrir o inquérito para investigar o presidente.
O pedido de arquivamento da PGR, através de Augusto Aras, não agradou em nada o ministro.
Como é sabido, Lindôra sempre teve um bom relacionamento com Moraes – haja vista as cenas de ‘riso’ entre os dois no julgamento do caso Daniel Silveira -, mas, ao que parece, ante a atuação flagrantemente ilegal do magistrado, nem ela consegue mais suportar.
Com informações do JCO