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Departamento de Segurança Interna suspendeu o Protocolo de Proteção ao Migrante que estava em vigor desde 2019; só no governo Biden, o programa impediu 200 mil pessoas de entrarem ilegalmente no país

Os Estados Unidos encerraram na noite de segunda-feira, 8, o Protocolo de Proteção ao Migrante (PPM), uma política que obriga solicitantes de asilo a esperarem no México enquanto seus pedidos são resolvidos na Justiça. O anúncio aconteceu depois que um juiz suspendeu uma ordem judicial que impedia o governo de Joe Biden de eliminar a chamada política “Permanecer no México”. A política será eliminada “de maneira rápida e ordenada”, afirmou o departamento em um comunicado. Ninguém mais será incluído e aqueles que cruzarem a fronteira para comparecer às audiências judiciais não serão devolvidos ao México, disse, acrescentando que o PPM “tem falhas endêmicas, impõe custos humanos injustificados e tira recursos e pessoal de outras tarefas prioritárias para proteger nossas fronteiras”.

O programa, considerado como cruel e perigoso, pois deixa as pessoas em situação de vulnerabilidade em condições inseguras nas cidades fronteiriças, foi adotada em 2019 pelo ex-presidente Donald Trump. Desde então, pelo menos 70 mil solicitantes de asilo foram enviados ao México até que tivessem que comparecer perante um tribunal dos EUA para sua audiência de imigração, de acordo com o Conselho Americano de Imigração, uma organização sem fins lucrativos fundada em 1987 que defende os imigrantes.

Durante o mandato de Biden, as autoridades impediram a entrada de mais de 200 mil pessoas que tentaram ingressar ilegalmente e foram devolvidas, seja pelo PPM ou por outro regulamento de fronteira adotado devido à pandemia de coronavírus. Pouco depois de chegar ao poder, Biden tentou descartar a medida como parte do que chamou de uma abordagem mais humana da migração. Mas vários estados governados por republicanos, liderados pelo Texas, processaram o governo federal, e um tribunal na capital ordenou a reinstauração da política.

Com informações da AFP