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Ulchi Freedom Shield (UFS), nome do treinamento, vai ser realizado até dia 1º de setembro e visa reconstruir a aliança entre os dois países e fortalecer a postura de defesa
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram nesta segunda-feira, 22, os maiores exercícios militares conjuntos desde 2018, em momento marcado pelo aumento da tensão e da escalada armamentista na península coreana. O chamado Ulchi Freedom Shield (UFS), cujo começo foi anunciado pelo Estado Maior Conjunto Sul-Coreano, por meio de comunicado, acontecerá até 1º de setembro. “O significado deste exercício conjunto é reconstruir a aliança Coreia do Sul-Estados Unidos” e “fortalecer a postura de defesa combinada ao normalizar… os exercícios combinados e o treinamento de campo”, afirmou o ministério da Defesa sul-coreano em um comunicado.
Os países têm um histórico de manobras conjuntas, que classificam como defensivas. Washington é o principal aliado de Seul e mantém 28.500 soldados na Coreia do Sul para ajudar a proteger o país do vizinho, que possui armas nucleares. Não foram divulgados detalhes das manobras, entretanto, o UFS pretende reforçar a preparação dos aliados contra um processo de modernização armamentista iniciado em 2021 pela Coreia do Norte, que, neste ano, fez mais de 20 lançamentos de projéteis e que há semanas está preparada para fazer seu primeiro teste nuclear desde 2017, segundo indicam os satélites.
A realização dos exercícios acontece, além disso, três dias depois que a irmã de Kim Jong-un, líder norte-coreano, Kim Yo-jong, negou taxativamente a oferta de ajuda econômica oferecida por Seul, para caso o regime de Pyongyang optasse pela desnuclearização. Durante uma reunião na semana passada, os dois países aliados concordaram em “expandir o foco e a escala dos exercícios militares” diante do aumento do número de testes de mísseis do Norte. “Começará com o Escudo de Liberdade Ulchi para intensificar a preparação combinada”, destacaram em um comunicado conjunto. Os exercícios militares de EUA e Coreia do Sul podem irritar a Coreia do Norte, pois Kim Jong-un acredita que se trata de uma tentativa de invasão. Analistas afirmam que Pyongyang poderia utilizar os exercícios como pretexto para executar mais testes de armas.
Com informações da AFP e EFE