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Diplomata foi solto na quinta da semana passada e voltou ao seu país de origem no final de semana; solicitação do Ministério Público só foi feita na segunda-feira

O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn foi denunciado na última segunda-feira, 29, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelo assassinato do marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot. A denúncia foi feita por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. O crime aconteceu no dia 5 de agosto e teria sido cometido de forma a dificultar a defesa da vítima, que estaria com a capacidade de reação reduzida pela ingestão de bebida alcoólica e medicamentos para ansiedade, como explica promotora Bianca Chagas de Macêdo Gonçalves, que é autora da denúncia do MPRJ.

A promotora pediu a prisão preventiva de Hahn sob o argumento de que o diplomata possui personalidade agressiva e que, por ser cônsul, acredita ter amplos poderes e imunidade. Na quinta-feira, 25, a segunda a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu liberdade ao diplomata alemão, que deixou uma casa de custódia em Benfica, na zona norte da capital fluminense, no dia seguinte. Hahn já teria deixado o Brasil no final de semana e desembarcado em Frankfurt, na Alemanha, na segunda-feira, 29.

A delegada responsável pelo caso, Camila Lourenço, da 14ª DP, está de férias, mas conversou com a equipe de reportagem da Jovem Pan. Ela disse estar frustrada e decepcionada com o desfecho do caso, já que um grande esforço foi feito para encontrar elementos sólidos para basear o pedido de prisão do diplomata. A delegada ainda fala de “sensação de impunidade” e disse que esperava que, pelo menos, medidas cautelares fossem aplicadas a Hahn, como por exemplo a retenção do passaporte dele.

Com informações da Jovem Pan