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A Coreia do Norte classificou a visita da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a Taiwan, como uma “interferência insolente” dos Estados Unidos nos assuntos internos da China, informou a agência estatal nesta quarta-feira (3).
Pelosi, a segunda na sucessão presidencial, chegou a Taiwan na terça-feira, tornando-se a autoridade americana de mais alto escalão a visitar a ilha em 25 anos.
Pequim deixou claro que considera a presença de Pelosi uma provocação e lançou advertências e ameaças cada vez mais duras.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano disse que Pyongyang “apoia totalmente” a posição de Pequim e culpou Washington por aumentar as tensões na região
“A interferência insolente dos Estados Unidos nos assuntos internos de outros países e suas provocações políticas e militares são a causa fundamental do assédio à paz e segurança na região”, declarou o porta-voz em declaração publicada pela agência estatal KCNA
“Taiwan é uma parte inseparável da China e o tema Taiwan é um assunto interno da China”, completou.
Pyongyang apoiou o protesto firme de Pequim pela visita e classificou a reação chinesa como “o devido direito de um Estado soberano de tomar contramedidas”.
“Nós denunciamos veementemente qualquer interferência de uma força externa na questão de Taiwan e apoiamos totalmente a posição justa do governo chinês de defender resolutamente a soberania e a integridade territorial do país”, acrescentou.
A China é aliada e benfeitora econômica da Coreia do Norte, com um relacionamento forjado na Guerra da Coreia, quando Mao Tsé-Tung enviou milhões de “voluntários” para combater as forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos.
As relações flutuaram ao longo dos anos devido às crescentes ambições nucleares de Pyongyang, mas os dois lados trabalharam para consertar o relacionamento.
Com informações da AFP