Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu 15 dias para a Polícia Federal (PF) analisar o teor de mensagens trocadas e identificar todos os integrantes de grupo no Telegram “Caçadores de ratos do STF”.
O grupo teria suposta relação com a investigação sobre Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado e preso em 22 de julho por publicar críticas contra o ex-presidente Lula (PT) e ministros da Corte.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que fossem realizadas mais apurações no caso do influenciador.
De acordo com Moraes, efetivamente, a diligência pedida é essencial à confirmação da hipótese criminal levantada pela PF e que levou, inicialmente, à decretação da prisão temporária do investigado, posteriormente convertida em prisão preventiva.
“Os elementos de prova reunidos até o momento ‘demonstram uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais, como o Supremo, utilizando-se de uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil”, de modo que a identificação das pessoas que compartilhavam o mesmo grupo com o investigado, Ivan Rejane, além do teor das mensagens trocadas, é imprescindível para a completa elucidação dos fatos em apuração”, disse.
Ivan Rejane está preso preventivamente por causa das declarações proferidos contra ministros do STF e políticos de esquerda.
Nas redes sociais, foram identificados vídeos e mensagens do influenciador convocando pessoas para “caçar” os magistrados por exemplo.
Conforme a ação, a PGR afirma que “reputa necessárias imprescindíveis diligências investigativas complementares, especialmente em relação ao delito de associação criminosa”.
A Polícia Federal (PF) acusou Ivan Rejane de ter cometido crimes contra o Estado Democrático de Direito e de organização criminosa.
“A autoridade policial [Polícia Federal] indiciou o investigado pelo cometimento do crime de associação criminosa, mas não identificou quais seriam os seus integrantes, além do indiciado”, argumentou a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, que assina o documento.
Segundo a PGR, “com a identificação apenas de Ivan Rejane como autor de fatos delitivos, não é possível, no atual momento, confirmar a existência de uma associação criminosa”.