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Chefe de governo insistiu que os ativos russos bloqueados pelas sanções devem ser utilizados para ajudar o pais devastado pela guerra

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, revelou nesta segunda-feira, 4, em seu discurso na Conferência de Lugano, na Suíça, que o custo de reconstrução da Ucrânia é avaliado em US$ 750 bilhões (o equivalente a cerca de R$ 4 trilhões) e insistiu que os ativos russos bloqueados pelas sanções devem ser utilizados para ajudar o pais devastado pela guerra. “Acreditamos que as principais fontes de recuperação devem ser os ativos confiscados da Rússia e dos oligarcas russos”, defendeu o chefe de governo. O presidente Volodymyr Zelensky não estava presente no evento, mas declarou via videoconferência que a reconstrução é “a tarefa comum de todo o mundo democrático e a maior contribuição para a paz mundial”

Cerca de mil autoridades de países aliados da Ucrânia, instituições internacionais e membros do setor privado estão reunidas em Lugano, durante a segunda e terça-feira, para traçar as linhas da futura reconstrução da Ucrânia. O presidente suíço Ignazio Cassis, que organiza conferência, acredita que a reunião é “um processo político eficaz”, afirmou que a reconstrução e a reforma “não estão em competição”, mas sim que “se reforçam”, e pediu que os esforços contra a corrupção continuem e que o funcionamento do Judiciário seja garantido apesar da guerra.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, finalizou seu discurso com um enérgico “Slava Ukraini” (“Glória à Ucrânia”), e insistiu em reconstruir um país melhor do que o que existia antes da guerra. “A Ucrânia pode sair de tudo isso como um país mais forte e moderno, com um poder judiciário e instituições mais sólidas, com sucessos no combate à corrupção, mas também com uma economia mais verde, mais digital e mais robusta”, disse. “Sabemos que a luta deles [dos ucranianos] também é nossa e é por isso que estamos ajudando a Ucrânia a vencer esta guerra. Também temos que garantir que a Ucrânia ganhe a paz que certamente virá”, enfatizou.

Com informações da Reuters