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Chefe de Estado dos EUA vai precisar demonstrar suas habilidades políticas no conflito israelense-palestino, nas tensões com o Irã e nas negociações por petróleo com a Arábia Saudita
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou nesta quarta-feira, 13, pela primeira vez no Oriente Médio desde que chegou a presidência. Essa é a primeira etapa de uma viagem a região, onde precisará demonstrar suas habilidades diplomáticas no conflito israelense-palestino, nas tensões com o Irã e nas negociações por petróleo com a Arábia Saudita. Biden foi recepcionado por Isaac Herzog, presidente de Israel, e pelo primeiro-ministro Yair Lapid. “Vamos discutir a necessidade de restaurar uma coalizão mundial forte que pare o programa nuclear iraniano”, disse Lapid ao receber o líder norte-americano, que afirmou que os dois países devem restaurar uma “coalizão mundial forte” contra o programa nuclear do Irã.
Biden vai se reunir com autoridades israelenses para reforçar a cooperação contra o Irã. Ele também terá um encontro com líderes palestinos, frustrados porque consideram que Washington não impede a agressão israelense. Irã e Israel eram aliados quando Biden visitou a região pela primeira vez, em 1973, quando era senador, mas agora o Estado hebreu considera Teerã sua principal ameaça. Durante a visita, os militares israelenses mostrarão a Biden seu novo sistema Iron Beam, um laser antidrone que é considerado crucial para contra-atacar os drones do Irã.
A visita de Biden a Israel não é vista como uma ameaça pelo presidente iraniano, Ebrahim Raisi. “Se as visitas de funcionários do governo americano a países da região visam fortalecer a posição do regime sionista e normalizar suas relações com alguns países, seus esforços não trarão segurança” a Israel, afirmou em um comunicado. Depois se reunir com as autoridades israelenses, o presidente americano visitará a Arábia Saudita na sexta-feira, 15. O avião presidencial fará um voo direto sem precedentes entre o Estado hebreu e o conservador reino do Golfo, que não reconhece Israel.
*Com informações da AFP