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Decisão ocorrer quatro meses depois do início da invasão russa; presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou este momento como ‘dia histórico’
Ucrânia conseguiu o que queria. O país comandado por Volodmyr Zelensky recebeu nesta quinta-feira, 23, o aval dos 27 países-membros e recebeu o status de candidata oficial ao bloco. Os representantes se reuniram na cúpula em Bruxelas para tomar essa decisão. Essa é a primeira vez que a UE abre as portas para um país em guerra. Não só a Ucrânia, como a Moldávia também recebeu o estatuto de candidata à adesão, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que assegurou que se trata de um “dia histórico”. Após ser informado da decisão, Zelensky comemorou a conquista em seu Twitter. “É um momento único e histórico nas relações entre Ucrânia e a UE”, tuitou e complementou dizendo que “o futuro da Ucrânia está no seio da UE”.
A decisão já tinha sido adiantada na terça-feira, 21, quando o ministro francês de Assuntos Europeus, Clément Beaune informou que “houve um consenso total para avançar com esse reconhecimento o mais rápido possível”. Antes a reunião, o chefe do gabinete presidencial ucraniano Andrii Yermak declarou que o país do Leste Europeu “merece o status de candidata” e que estão “prontos para começar a colocar em prática o plano da Comissão Europeia para iniciar as discussões a respeito”. Não só o ingresso da Ucrânia foi discutido nesta quinta, como o da Moldávia, local que virou alvo de Vladimir Putin e já teve alguns ataques na região fronteiriça. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou este momento como “decisivo para a União Europeia”.
Para ele, essa decisão trata-se de uma “opção geopolítica” do bloco ao reconhecer a Ucrânia como país candidato à adesão, além de também expressar uma “perspectiva europeia” para a Geórgia. Apesar desse avanço na solicitação, a entrada do país de Zelensky na UE não deve ser rápido. Representantes de outras regiões mandaram um aviso para o líder ucraniano. “A Macedônia do Norte é candidata há 17 anos, se não perdi a conta. A Albânia há oito. Então, bem-vindo”, disse o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama. “É bom que a Ucrânia tenha reconhecido o status. Mas espero que os ucranianos não tenham ilusões”, acrescentou.
Com informaçõs da AFP