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Presidente turco não era favorável ao ingresso pelo fato dos nórdicos acolheram uma grande comunidade curda e alegar que servem de albergues para terroristas do PKK
Um dia após dizer que não era favorável ao ingresso de Suécia e Finlândia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Turquia abaixou o tom neste sábado, 14, e se mostrou disposta a conversar sobre a candidatura dos países nórdicos à aliança, apesar de considerar que as regiões são santuários de “organizações terroristas” curdas. “A ampla maioria da população turca é contrária à adesão destes países, que apoiam o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), uma organização terrorista”, disse o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu. “Mas são temas que, evidentemente, devemos abordar com nossos aliados na Otan e com estes países”, acrescentou o ministro, que foi à Berlim para participar de um encontro com seus pares da aliança militar transatlântica e dos dois candidatos escandinavos.
Para que Finlândia e Suécia seja aceitar na Otan, é preciso que todos os países-membro estejam de acordo com a adesão. Até o momento só a Turquia tinha se mostrado contra. Os ministros das Relações Exteriores dos países estão reunidos em Berlim discutindo o tema. O presidente finlandês, Sauli Niinistö, informou suas intenções por telefone a Putin. “A conversa foi direta e sem rodeios e ocorreu sem problemas. Evitar as tensões foi considerado algo importante”, afirmou Ninistö. Na quinta-feira, 12, a Rússia ameaçou responder com medidas “técnico-militares”, sem detalhar quais, contra os dois países nórdicos. Já no sábado, a Rússia suspendeu o fornecimento de eletricidade à Finlândia, que supõe cerca de 10% do consumo do país nórdico, alegando falta de pagamento.
Com informações da Jovem Pan