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Em relatório, entidade afirma que número cresceu em 40 milhões em 2021 e ainda espera que situação piore com guerra na Ucrânia
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quarta, 4, um relatório sobre a fome no mundo, realizado pela Rede Global Contra Crises Alimentares, aliança que conta com ONGs, a própria ONU e a União Europeia. De acordo com o documento, cerca de 40 milhões de pessoas passaram a enfrentar a fome extrema em 2021, chegando a um total de 193 milhões em 53 países ou territórios.
A perspectiva é de que a situação piore, devido à guerra na Ucrânia. “O conflito ucraniano é mais um peso na crise tridimensional de alimentos, energia e finanças com impactos arrasadores sobre pessoas e países mais vulneráveis do mundo e suas economias”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em comentário sobre a situação. Países como Haiti, Somália, Afeganistão, Etiópia, Sudão do Sul, Síria e Iêmen podem sofrer por comprarem alimentos ou fertilizantes de Rússia ou Ucrânia.
O estudo destaca que a guerra é o principal motor da fome, acompanhada de mudanças climáticas e choques econômicos. Os conflitos causaram a fome de 139 milhões de pessoas e geraram crises humanitárias em países como Iêmen, República Democrática do Congo e Etiópia. Os problemas econômicos advindos da pandemia de Covid-19 foram a principal razão para 30,2 milhões de indivíduos, e os problemas meteorológicos (secas, inundações, etc.) levaram 23,5 milhões a passar fome.
Na América Latina, a fome extrema atingiu 12 milhões de pessoas, especialmente em Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Haiti, o país mais afetado, com 46% de sua população em situação de emergência. A contagem do relatório não inclui a fome crônica (quando o indivíduo come menos do que o necessário), que atinge 800 milhões de pessoas.
Com informações da Jovem Pan