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Resolução vai investigar as violações dos direitos humanos realizadas nas regiões de Kiev, Chernigov, Kharkiv e Sumy
O Conselho de Direitos Humanos da ONU, aprovou nesta quinta-feira, 12, a abertura de uma investigação sobre as atrocidades atribuídas às tropas russas que invadiram a Ucrânia. Por 33 votos a favor, 2 contra, sendo um deles da China, e 12 abstenções, a resolução pede à comissão internacional da ONU que abra uma investigação sobre as graves violações dos direitos humanos cometidas nas regiões de Kiev, em Chernigov, Kharkiv e Sumy, entre o fim de fevereiro e março de 2022.
Durante a abertura da sessão, a primeira vice-ministra das Relações Exteriores da Ucrânia, Emine Dzhaparova, denunciou os atos de tortura, violência sexual e de gênero e desaparecimento forçados. “A lista de crimes russos é interminável. Milhares de pessoas do meu país perderam a vida. Os bombardeios russos fazer parte da nossa vida diária”, declarou. As atrocidades também foram condenadas por representantes de outros países que estavam presentes na sessão. “A agressão russa envolve a descoberta de fatos cada vez mais macabros a cada dia”, disse o embaixador francês, Jérôme Bonnafont. “A extensão das execuções ilegais, incluindo os indícios de execuções sumárias nas áreas do norte de Kiev, é chocante”, declarou a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
Antes da abertura da sessão especial do Conselho de Direitos Humanos, Bachelet denunciou assassinatos extrajudiciais em grande escala contra civis e afirmou que, apenas na região de Kiev, foram achados mais de mil corpos. O grupo de apuração foi criado no início de março pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. Nesta semana, três integrantes da comissão se encontraram pela primeira vez em Genebra, na Suíça, para iniciar a organização do trabalho. A mesma resolução pede à Rússia que permita que as organizações humanitárias tenham acesso imediato e sem restrições às pessoas que tenham sido levadas contra a vontade da Ucrânia para a Rússia ou regiões ucranianas que são controladas pelos russos.
A Ucrânia, já se prepara para o primeiro julgamento por crimes de guerra desde a invasão de Moscou. Vadim Shishimarin, um soldado russo de 21 anos, é acusado de matar um civil de 62 anos que estava desarmado. Segundo as acusações, no dia 28 de fevereiro, após seu comboio ter sido atacado, Shishimarin roubou um carro nos arredores do povoado de Chupakhivka, no norte da Ucrânia, junto com outros quatro soldados. A vítima circulava de bicicleta nas proximidades e “um dos militares ordenou que o acusado matasse o civil, para que ele não pudesse denunciá-los”. O soldado, sob custódia, pode pegar prisão perpétua por crimes de guerra e assassinato premeditado.
Antes da abertura da sessão especial do Conselho de Direitos Humanos, a alta comissária Michelle Bachelet denunciou assassinatos extrajudiciais em grande escala contra civis e afirmou que, apenas na região de Kiev, foram achados mais de mil corpos. O grupo de apuração foi criado no início de março pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. Nesta semana, três integrantes da comissão se encontraram pela primeira vez em Genebra, na Suíça, para iniciar a organização do trabalho.