Uma decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) provocou troca de farpas entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL). A Corte derrubou uma liminar de primeira instância que suspendia a realização de eleição indireta para mandato-tampão de governador e vice, marcada para a próxima segunda-feira (2) na Assembleia Legislativa do estado (ALE).
Escolher entre Renan e Lira não é tarefa das mais fáceis.
“A independência dos poderes é sagrada. Quarteladas, afrontas aos poderes e desacato às decisões judiciais são condutas de tiranos em qualquer lugar.
O TJ/AL acaba de incinerar o golpe de Arthur Lira para impedir a eleição para o governo de Alagoas na forma da Constituição”, escreveu, Renan Calheiros nas redes sociais, posando de democrata.
O que chama atenção é o notório interesse pessoal dos políticos alagoanos se sobrepondo ao interesse coletivo. Nada menos que três homens públicos se recusaram a assumir o que deveria ser uma honra, a cadeira de governador.
A ação contra a realização do pleito foi ajuizada pelo PSB, partido do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, aliado de Lira em Alagoas. Após a publicação de Renan, o presidente da Câmara respondeu ao post, afirmando que o cacique do MDB interfere no Judiciário.
“Sobre dar golpes, o senador Renan Calheiros entende bem. Foi assim que ele tentou conduzir o Congresso Nacional e, várias vezes, desrespeitou decisões judiciais. Em Alagoas, achaca e interfere nos poderes, desrespeita a vontade popular e quer fazer do Estado a extensão do seu latifúndio. Não conseguirá!”, rebateu Lira.
Com informações do JCO