Andrade foi alvo da operação Calígula na manhã desta terça-feira, 10, e é próximo a Ronnie Lessa, réu pelo assassinato da vereadora
O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga se o bicheiro Rogério de Andrade foi o mandante da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Ele foi um dos alvos da operação Calígula na manhã desta terça-feira, 10, apontado como o líder de uma organização criminosa especializada em jogos de azar. O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o assassino de Marielle, também é integrante do grupo. “Há várias linhas sendo investigadas. Essa é uma delas. Não podemos dizer que sim, nem que não. Se houvesse elementos, hoje ele estaria denunciado”, afirmou Diogo Erthal, promotor do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo os promotores, Rogério e Lessa começaram as tratativas para a abertura de um bingo clandestino na Barra da Tijuca em abril de 2018, um mês depois do assassinato da vereadora. O bicheiro é considerado foragido pela Justiça
“Em determinado momento, essa organização se cruza com o homicídio da vereadora Marielle em março de 2018. A partir daí, o Rogério e seus financeiros entram para administrar. É algo muito rápido. Em pouco tempo eles colocam a casa para funcionar”, disse o promotor Fabiano Cossermelli. Segundo o MP, Lessa e Rogério eram parceiros há bastante tempo, mas estavam muito próximos na época da morte de Marielle.
Durante a coletiva de imprensa, o Gaeco informou que encontrou na casa do delegado Marcos Cipriano, um dos alvos da Calígula, uma cópia da decisão que determinava a prisão dele. De acordo com os promotores, será investigado o possível vazamento da operação. A ação prendeu 12 pessoas, incluindo Cipriano e a delegada Adriana Belém.
Com informações da Jovem Pan