O Alto-comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou nesta quinta-feira (17) que mais de 100 mil pessoas deixaram a Ucrânia nas últimas 24 horas. Ao todo, já são quase 3,2 milhões de refugiados no país desde o início da invasão russa.
Segundo o levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), quase metade dos refugiados são crianças, cerca de 1,4 milhão.
Ainda de acordo com o Acnur, a Polônia é o país que mais recebeu refugiados até o momento, com mais de 1 milhão de pessoas. Logo em seguida vem a Romênia, Hungria e Moldávia.
O líder da agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), Filippo Grandi, havia informado na semana passada que esse é o maior fluxo de exilados desde a Segunda Guerra Mundial.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
Com informações do msn