“Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos no telegram.org e o Supremo Tribunal brasileiro. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu bloquear o Telegram por não estar respondendo”, escreveu Durov em seu canal na plataforma, que tem mais de 680 mil seguidores.
“Em nome da nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal brasileiro por nossa negligência”, acrescentou Durov, que pediu ainda um novo prazo para atender as demandas do STF.
Durov alegou em sua mensagem que parte das solicitações do STF foram enviadas a um “endereço de e-mail antigo, que tem um propósito mais amplo e geral”, mas que agora já foram localizadas e processadas pela empresa.
“Peço ao Tribunal que considere adiar sua decisão por alguns dias a seu critério para nos permitir remediar a situação nomeando um representante no Brasil e criando uma estrutura para reagir de forma rápida a futuras questões urgentes como essa”, acrescentou.
O Telegram, que já foi alvo de proibição ou restrições em vários países, como Índia e Rússia, já estava na mira das autoridades brasileiras há algum tempo, especialmente irritadas com o fato de que a empresa não tem representação legal no país e não respondia a suas demandas para evitar uma avalanche de informações enganosas nas eleições presidenciais deste ano, como as que abalaram a campanha eleitoral de 2018, sobretudo via WhatsApp.
O popular aplicativo, de origem russa e com sede em Dubai, está instalado em 53% dos celulares brasileiros e é o que mais cresce no país, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além disso, a plataforma é fundamental na estratégia eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, que defende uma liberdade de expressão ilimitada.
Com informações do msn