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Era uma vez, uma ficção que bem que poderá ser verdade.

Era o ano de 1979/80 por aí.

Era o bairro de Manaíra, quando a Flavio Coutinho só tinha duas faixas, o clube dos oficiais, o aeroclube, e não havia o shopping, mas tinha um triangulo que oferecia opções para quem fosse a Cabedelo ou o centro de Joao Pessoa. Tudo isso sem vexame. Tudo isso numa calma da gota.

Acima do que hoje é o tal Shopping, tem o Conjunto Zé Agripino. Eu como morava em baixo, para as vezes em forma de aventura, subia o morro. Atravessa mangues hoje assassinados, pinguelas, e dava de cara com casas, barracos em encostas, desafiando a lei da gravidade e eu imaginava, como poderia haver tanta diferença. Olhava lá pra baixo e via o Bairro de Manaíra já em pleno desenvolvimento e comparava.

Era inevitável comparar.

Olho hoje o futebol, de Alagoas e é inevitável comparar. Eternos fregueses dos times paraibanos, CRB e CSA são agora forças nacionais. Brigam ali, rodada a rodada por classificações cada vez melhores na Segunda Divisão. Veja as posições do ano passado: CSA foi o 5° e o CRB o 7°.  Em suma, 25° e 27° melhor do Brasil.

E nós? Onde estamos?

Não fosse o Campinense ter conseguido sair da profunda serie D, teríamos outro ano frustrante.

O Botafogo e seu sono de Belo Adormecido trata a Série C como sua caverna do Dragão. O Treze, o grande Treze se apequenou diante da incompetência de seus administradores. O Sousa….foi o Sousa.

E Nós? Onde estamos?

Em Patos. Com uma tuia de jogadores despejados de hotel, um campeão sem presidente, sem dinheiro para sequer registrar atletas, passando o vexame de um WO. E olha que o Nacional é o time da elite patoense. Talvez por esse medo o Esporte, o melhor time de lá, renegou a segunda divisão do ano passado.

E Patos onde está?

Talvez em cima de um morro onde para chegar ajuda até tem como, mas parece que ninguém está disposto a prestar socorro aquela que é a paixão nacional.

Nem a Federação, que é a principal interessada no bairro inteiro.

Por: Efigênio Moura
Jornalista