A arbitragem no futebol, uma velha conhecida! Ah, não se tornou só um problema crucial, mas virou também um drama psicológico que mexe com clubes, dirigentes, jogadores e torcedores. Todos os amantes dessa modalidade esportiva sabem muito bem quando começou esse dilema, mas têm consciência que o prazo de validade é infinito.
Os erros grosseiros de arbitragem têm levado muitos torcedores à loucura nos estádios. De um lance simples, sem precisar de arrodeio, de repente o árbitro inventa coisa do além e marca algo absurdo que deixa todo mundo revoltado. Daí por diante, as coisas desandam e o juiz vira alvo de protestos e muita indignação. Quem já não viu essa cena nas nossas praças esportivas?
Quando tudo parecia um caso sem solução, foi contado em prosa e verso nos quatro cantos do planeta que o drama ia ser minimizado, ou quem sabe poderia ser resolvido, trazendo a paz tão esperada aos estádios com o problema da arbitragem. Todo mundo se levantou das cadeiras, com aquela expressão: ufa, agora nós vamos ter sossego daqui pra frente!
Foi exatamente a figura do VAR (árbitro assistente de vídeo) que trouxe essa esperança para solução do problema da arbitragem tão desejada por todos os torcedores. Essa tecnologia tem como objetivo analisar as decisões dos árbitros, principalmente aquelas mais polêmicas, durante os jogos.
Como funciona o VAR, que teve início na Europa em 2016? O equipamento é composto por um conjunto de câmeras que transmitem as imagens para uma sala isolada do campo, onde assistentes de vídeo podem rever as jogadas. Existem apenas quatro tipos de lances que podem ser revistos. Esta assistência pode ocorrer a pedido do árbitro (em caso de dúvidas em uma das jogadas que podem ser revistas), ou caso os assistentes observem um lance duvidoso e comuniquem o juiz da partida através do fone de ouvido.
Nesse momento, os assistentes de vídeo reproduzem as imagens em seus monitores e transmitem suas conclusões ao árbitro. É este último que toma a decisão final. Pode fazê-lo depois de também consultar as imagens em um monitor localizado na lateral ou confiar exclusivamente no critério dos assistentes.
Os tipos de jogadas que podem ser revistas durante as partidas são gols, pênaltis, cartões vermelhos e erros de identidade de jogadores. Esses mesmos problemas tão questionados no futebol brasileiro não melhoraram com a chegada do VAR no país, que começou na Copa do Brasil de 2018 e permanece em atividade até o momento, sendo alvo de críticas pesadas e revolta generalizado por parte dos torcedores.
Na Europa, a presença do VAR tem mostrado mais eficiência do que no Brasil. A desorganização que existe na Confederação Brasileira de Futebol contribui para que o equipamento não tenha um desempenho satisfatório. O problema de arbitragem no futebol brasileiro é crônico e todos nós sabemos, mas os dirigentes não estão preocupados em preparar melhor os árbitros para exercerem as suas atividades.
O árbitro de vídeo pode melhorar com alguns ajustes, como muitos falam. Agora é difícil saber se a CBF vai trabalhar com celeridade para isso aconteça, tendo em vista que a bagunça toma conta da entidade, que teve até presidente afastado das funções sob acusação de assédio sexual. O assunto é polêmico e ainda vai render muita discussão. O drama persiste, mas a solução é uma incógnita!