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O pedreiro Paulo Roberto Gonçalves, de 41 anos, entrou com um processo na Justiça de Mato Grosso para provar que está vivo. Segundo os registros oficiais, ele consta como morto desde 26 de janeiro de 2012, vítima de um homicídio em uma cidade que nunca visitou.
Paulo teve seu CPF cancelado por conta desse erro e acabou descobrindo o caso em outubro, quanto tentou realizar uma compra e não conseguiu. Por conta disso, ele inclusive não conseguiu se vacinar contra a Covid-19, além de estar impossibilitado de fazer tratamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), viajar e abrir conta em banco.
“Não consegui tomar a vacina contra a Covid porque não tinha o cartão do SUS, não conseguia emitir o número porque não tinha o documento regular. Também preciso fazer uma cirurgia e não consigo (por causa disso)”, contou o pedreiro ao g1.
O Ministério Público de Mato Grosso alega que ele teria sido morto por um homem chamado Antônio de Oliveira, ao tentar cometer um furto e entrar em luta corporal com ele. O caso foi julgado, mas o processo foi encerrado em 2018, sem a condenação do autor dessa morte.
Há até mesmo uma certidão de óbito emitida em seu nome, feita em julho de 2013, que diz que seu corpo foi enterrado no Cemitério José Maria Pinheiro de Oliveira, em Sorriso. Os nomes dos pais que constam no documento são os mesmos dos de Paulo.
O pedreiro juntou uma série de documentos para tentar provar que está vivo, como uma Certidão de Nascimento do filho, nascido em dezembro de 2019, ou seja, posterior à sua suposta morte, além de uma carta escrita à mão por sua esposa, Elizangela Moreira da Silva, atestando que ela mora com ele e que ele está vivo, além de cartas de outros parentes, inclusive dos irmãos.
Até mesmo uma associação de pequenos produtores fez um atestado afirmando que ele possui propriedade na comunidade de Serra Acima, em Chapada dos Guimarães.
Com informações da Istoé