Last updated on fevereiro 21st, 2022 at 07:10 pm
(ANSA) – Às voltas com um novo crescimento nos casos de Covid-19, o governo da Itália vai tornar a vacinação obrigatória para professores e policiais a partir de 15 de dezembro.
A medida foi decidida durante uma reunião do primeiro-ministro Mario Draghi com os líderes dos partidos da situação e as principais autoridades sanitárias do país e deve ser anunciada oficialmente ainda nesta quarta-feira (24).
Além disso, a aplicação da dose de reforço será compulsória para o pessoal sanitário.
A reunião desta quarta foi convocada por Draghi para discutir o endurecimento das medidas sanitárias contra a pandemia, mas sem punir as pessoas que se vacinaram – pouco mais de 84% do público-alvo, de acordo com o Ministério da Saúde.
Apesar de apresentar um índice de imunização acima da média da União Europeia, a Itália tem cerca de 7 milhões de pessoas aptas a se vacinar que não tomaram sequer a primeira dose, o que deixa espaço para os casos continuarem subindo.
A média de contágios em sete dias no país é a maior desde o início de maio, enquanto a de óbitos é a mais alta desde meados de junho. A Itália também não tinha tantas pessoas infectadas com o novo coronavírus (154.510) desde 14 de junho.
Uma das hipóteses consideradas pelo gabinete de Draghi é tornar mais rígido o “passe verde”, certificado sanitário exigido para acesso a praticamente todas as atividades no país, inclusive locais de trabalho.
Atualmente, esse passaporte pode ser obtido por vacinados, recém-curados ou testados contra a Covid, mas o governo quer restringi-lo às duas primeiras categorias, já que indivíduos antivax preferem fazer de dois a três exames por semana ao invés de se imunizar.
Essa hipótese já rendeu ao passaporte sanitário o apelido de “superpasse verde” na imprensa italiana, e as novas regras devem entrar em vigor em 6 de dezembro, mas o governo ainda não bateu o martelo.
É provável que esse certificado reforçado valha para atividades de lazer, como academias, cinemas e eventos esportivos, mas não para locais de trabalho, onde indivíduos apenas testados poderão continuar entrando.
Com informações da ANSA