© SERGEI ILNITSKY O presidente russo Vladimir Putin discursa durante fórum de energia em Moscou

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, cujo país é muito influente no mercado de gás, afirmou nesta quarta-feira (13) que está disposto a aumentar as exportações para a Europa tanto quanto necessário para ajudar o continente a enfrentar a atual crise.

“Se nos pedirem para aumentar (as exportações) ainda mais, estamos dispostos a fazer isto”, declarou o chefe de Estado durante um fórum sobre energia em Moscou. “Aumentaremos (as exportações) tanto quando nossos sócios nos solicitarem”, completou.

Putin afirmou que é “muito importante” estabilizar o mercado de gás, que enfrenta uma crise sem precedentes, sobretudo na Europa.

O presidente reivindicou “um mecanismo de estabilização a longo prazo do mercado de energia, o que é muito importante na difícil situação atual”.

De acordo com Putin, os Estados europeus, para os quais a Rússia fornece um terço do gás que consomem, se “equivocaram ao delegar à mão invisível do mercado” suas necessidades energéticas, em vez de multiplicar nos últimos anos os contratos a longo prazo com Moscou.

Também insistiu que a Rússia é um sócio “confiável” e que respeita todas as suas “obrigações contratuais”, ao mesmo tempo que negou qualquer responsabilidade de seu país pelo aumento dos preços.

As autoridades russas afirmaram nos últimos dias que estavam dispostas a aumentar o fornecimento de gás para a Europa, mas aparentemente desejam fazer isto com base em contratos a longo prazo.

“Se há uma demanda (adicional), esta só poderá ser atendida com novas condições contratuais”, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Energia da Rússia, Nikolai Chulguinov.

Depois de semanas de aumento do preço do gás, Putin insinuou no início de outubro que contemplava um “possível aumento” do fornecimento de gás para a Europa, para ajudar a estabilizar os preços

A crise energética mundial se deve sobretudo ao forte aumento da demanda com a recuperação econômica posterior à pandemia de coronavírus.

Mas uma série de fatores também reduziu a oferta do gás, que registrou uma disparada do preço a níveis inéditos.

As reservas de gás estão em seus menores níveis na Europa.

Com informações da AFP