LONDRES (Reuters) – A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta quarta-feira que as maiores economias do mundo façam com que os compromissos de zerar emissões assumidos por instituições financeiras sejam robustos e apoiados pela ciência e que elas acabem com o financiamento de novos projetos de combustíveis fósseis.
O apelo representa a primeira vez que a Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unepfi) oferece diretrizes diretas sobre o tema ao G20 e vem dias antes do início de conversas climáticas determinantes em Glasgow, na Escócia.
Em um relatório ao G20 na véspera das conversas, o Unepfi delineou 11 recomendações para os formuladores de políticas enquanto analisam a melhor maneira de supervisionar os esforços do setor para reduzir as emissões de gases de efeito estufa até a metade do século.
Há receios de que as promessas atuais sejam fracas demais desde um relatório histórico de agosto de uma comissão da ONU que emitiu um “código vermelho para a humanidade”, pedindo ações mais rápidas dos países para conter as emissões.
“Nos últimos dois anos, vimos uma explosão incrível de compromissos para zerar emissões”, disse Jesica Andrews, chefe de investimentos da Unepfi, à Reuters.
Contra este pano de fundo, a Unepfi disse que as instituições financeiras precisam se alinhar a uma situação ou situações orientadas pela ciência e ser transparentes sobre quais foram usadas.