SEUL (Reuters) – Um relatório deste mês de um investigador de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) que expressa preocupação com os direitos humanos e a situação humanitária na Coreia do Norte é “calúnia mal-intencionada”, disse uma organização norte-coreana nesta terça-feira.
Em seu relatório mais recente, Tomás Ojea Quintana, relator especial da ONU para os direitos humanos na Coreia do Norte, disse que as pessoas mais vulneráveis do país correm risco de passar fome depois que ele se isolou ainda mais durante a pandemia de Covid-19.
Ojea Quintana disse que as sanções internacionais impostas em reação ao programa de armas nucleares norte-coreano deveriam ser amenizadas para se proporcionar mais ajuda, mas também criticou abusos, como campos para prisioneiros políticos, e disse que lockdowns de fronteira autoimpostos para evitar um surto de Covid-19 pioraram as condições.
“O ‘relator especial’, não contente em distorcer nossa realidade, aponta o dedo ao ‘sustento das pessoas’ e implica maldosamente com as medidas anti-epidêmicas mais realistas e apropriadas adotadas por nosso Estado para nossas próprias necessidades específicas para lidar com a epidemia global”, disse um porta-voz não-identificado da Associação Coreana para Estudos dos Direitos Humanos em um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias KCNA.
O comunicado disse que a Coreia do Norte não reconhece a autoridade de Ojea Quintana e o acusou de ser parte de um esquema apoiado pelos Estados Unidos para interferir nos assuntos internos de outros países.
Com informações da Reuters