A informação foi confirmada pelo Gabinete do primeiro-ministro e acrescentou que a esposa do político, Muna Abdalla, também foi libertada.
Hamdok e vários ministros civis foram presos por militares leais ao general Abdel Fattah al-Burhan na segunda-feira, em ação que causou uma série de protestos no país.
Desde agosto de 2019, o Sudão vivia sob um governo transitório entre civis e militares em vista de uma normalização democrática. O acordo foi atingido após o autocrata Omar al-Bashir ter sido deposto em abril daquele ano. No entanto, nas últimas semanas, houve uma grande divisão no bloco civil do governo e os temores de golpe aumentavam, sendo consolidado por Al-Burhan no dia 25.
O general era parte desse acordo, sendo o responsável pelo Conselho Supremo do país. Assim que tomou o poder, ele ordenou a prisão de diversos ministros e dissolveu todas as instituições que estavam sendo recriadas para ter um governo “de pessoas competentes”.
Telefonema com Blinken – Também na noite desta terça-feira, Hamdok conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
O representante de Washington se disse feliz pela libertação do premiê e exortou os militares a libertar todos os políticos civis presos e “garantir a sua segurança”.
Segundo a nota oficial de Washington, Blinken ainda expressou “profunda preocupação” sobre o golpe militar e a violência contra manifestantes “O secretário enfatizou o apoio dos EUA para a transição do governo civil temporário para a democracia e para o retorno aos princípios do acordo de transição do Sudão, conforme firmado em 2019 na Declaração Constitucional e pelo Acordo de Paz de 2020”, diz ainda a nota.
Com informações da ANSA