ROBERTO VAZQUEZ/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Pasta também determinou que pessoas imunizadas com os compostos embargados sejam monitoradas por 30 dias; Butantan apresentou à Anvisa documento que conclui que não há risco nas vacinas interditadas
Segundo o Instituto Butantan, todos os lotes da CoronaVac passaram por um rigoroso controle de qualidade no Brasil
O Ministério da Saúde bloqueou a distribuição das mais de 12 milhões de doses da vacina CoronaVac envasadas na China em uma fábrica não certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida busca evitar que as vacinas sejam movimentadas até que haja definição da agência. Sem detalhar, a pasta da saúde também determinou que as pessoas imunizadas com os lotes embargados sejam monitoradas por 30 dias. Em reunião nesta segunda-feira, 6, o Instituto Butantan apresentou à Anvisa um documento que conclui que não há risco nas unidades da CoronaVac interditadas na semana passada.
No entanto, a entidade não entregou relatórios que comprovem as Boas Práticas de fabricação de unidades envolvidas, solicitados pela agência. Em nota, o Butantan explicou que, por questões internas da autoridade sanitária chinesa, o conteúdo não pôde ser disponibilizado diretamente ao Instituto.
A equipe teve acesso apenas aos dados das não conformidades observadas e ao plano de ação proposto para ajustar os problemas. Com isso, o Butantan sugeriu que a Anvisa faça uma inspeção remota às plantas. A agência, por outro lado, afirma que o método apresenta “limitações e dificuldades, como barreiras linguísticas e filmagem não adequada das áreas fabris”.
O órgão iniciou, internamente, os processos para uma eventual inspeção presencial às unidades. Em nota, o Instituto ressaltou que a fábrica chinesa tem certificação que segue boas práticas internacionais e que todos os lotes da CoronaVac passaram por um rigoroso controle de qualidade no Brasil.
Com informações da Jovem Pan