A Islândia se tornou neste domingo, 26, o primeiro país a ter um Parlamento formado por uma maioria de deputados do sexo feminino. De acordo com os resultados oficiais da eleição realizada no sábado 25, 33 das 63 cadeiras serão ocupadas por elas, ou 52,3% da Legislatura.
Nenhum outro país da Europa havia conseguido superar a barreira simbólica dos 50% até agora. A Suécia foi a nação que chegou mais perto, com 47% de seu Parlamento ocupado por mulheres.
Embora vários partidos estabeleçam uma proporção mínima de políticas do sexo feminino entre seus próprios candidatos, não há nenhuma lei que imponha uma cota nas eleições na Islândia. Ainda assim, após a votação deste sábado, o número de cadeiras ocupadas por mulheres no Parlamento foi ampliado em nove em relação à eleição anterior em 2017.
O país nórdico é considerado um líder em igualdade de gênero e foi classificado como a nação mais igualitária do mundo pelo 12º ano consecutivo em um relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado em março. A Islândia também foi o primeiro país a eleger democraticamente uma mulher como chefe de Estado em 1980.
Resultados gerais
O resultado das eleições ainda apontou para a vitória da coalizão de centro-direita atualmente liderada pela primeira-ministra Katrin Jakobsdottir. Apesar da coligação ter expandido sua maioria, o partido da premiê, o Esquerda Verde, perdeu terreno e está em uma posição frágil com apenas oito parlamentares.
Os dois partidos aliados de Jakobsdottir de direita estão em posição de força, com opções para formar uma coalizão com outros partidos além do Esquerda Verde.
Com informações da Veja São Paulo