Os imigrantes venezuelanos, a maior comunidade estrangeira no Chile, com 455.000 pessoas registradas, lideram a lista de entradas clandestinas de janeiro a julho, com 17.914, um número superior aos 12.935 casos de 2020. Eles são seguidos por bolivianos (3.043), colombianos (949) e haitianos (800).
Muitos imigrantes cruzam a pé a partir da Bolívia, pelo planalto inóspito, enfrentando temperaturas extremas, até chegarem à cidade fronteiriça chilena de Colchane, localizada a 3.650 metros de altitude e que sofreu um colapso no começo do ano devido à chegada de milhares de pessoas sem documentos.
Onze migrantes morreram tentando chegar ao Chile este ano. O SJM informou que os dados “consideram apenas o registro das pessoas que se autodenunciam e as que são fiscalizadas e denunciadas pela polícia, mas não contabilizam o número crescente de pessoas que entram sem passar por nenhum desses mecanismos”.
O aumento acontece em um contexto de “medidas administrativas que restringem o acesso regular ao Chile, intensificadas pelo fechamento das fronteiras em decorrência da pandemia e a crise humanitária e política na Venezuela e no Haiti”, acrescentou o Serviço.
Com informações da AFP