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O Brasil pode atrair até R$3,6 trilhões em investimentos internacionais após a pandemia, especialmente do Reino Unido, se der preferência a projetos de infraestrutura sustentáveis e “limpos”. A conclusão é do Estudo do Programa de Investimentos Verdes no Brasil (BGFP, na sigla em inglês), programa bilateral entre os governos brasileiro e britânico, que identificou a necessidade de obras em diversos setores e listou como o Brasil poderia atrair esse dinheiro.
O estudo traz as oportunidades e valores a serem investidos nos setores de energia (geração, transmissão e distribuição e refinarias de biocombustíveis), iluminação pública, saneamento, gestão de resíduos sólidos, telecomunicações, transporte urbano, portos, hidrovias e ferrovias. Só os projetos de geração de energia de baixo carbono envolveriam R$ 968 bilhões em investimentos, enquanto para o transporte urbano limpo seriam necessários R$ 475 bilhões. A estimativa é de que mais de dois milhões de empregos diretos podem ser gerados ao longo de duas décadas se as diretrizes do estudo forem seguidas.
De acordo com a publicação, a lacuna de infraestrutura no Brasil abre a possibilidade investimentos que aliem retorno financeiro a benefícios sociais e ambientais. Questões como governança, corrupção e influências políticas também são destacadas como relevantes, assim como a falta de um padrão nacionalmente harmonizado para avaliação de infraestrutura e planejamento de longo prazo. O Brasil também poderia aprender algumas lições com o Reino Unido, como ter metas anuais para políticas de longo prazo de finanças verdes e organismos independentes que avaliassem as necessidades do país no setor e tivessem o foco voltado para projetos sustentáveis.
Para realizar o estudo, os autores entrevistaram representantes de 22 organizações, sendo 11 do Brasil e 11 do Reino Unido, entre fundos de investimento, órgãos públicos, bancos, consultorias, entidades de ensino e pesquisa, ONGs e fornecedores de produtos e serviços para a indústria de infraestrutura e contaram com a parceria de duas consultorias internacionais, Sitawe e IMC Worldwide. Os resultados já foram entregues aos ministérios de Economia, Infraestrutura, Cidades e de Planejamento.
Com informações da Jovem Pan