“Nossa expectativa é que os Poderes acatem com naturalidade e respeitem (o resultado do plenário)”, declarou Lira. “O presidente Bolsonaro me garantiu que respeitaria o resultado do plenário.” Na semana passada, a comissão especial da Câmara que tratava da PEC rejeitou a proposta por 23 votos a 11. Mesmo assim, Lira optou por levar o tema para deliberação do plenário, atendendo aos interesses da base governista. Isso não quer dizer, porém, que a pauta vá avançar.
Lira disse que conversou com Bolsonaro na sexta-feira, após a rejeição da PEC na comissão especial. Ele admitiu que “não é usual” levar uma proposta rejeitada na comissão para votação em plenário, mas defendeu a iniciativa como “necessária”, uma vez que a pauta “esticou tanto a corda” entre os Poderes e “já passou dos limites”.
Ele insistiu que “quem for vencido tem que serenar” e destacou que o tema também enfrenta resistências no Senado, onde proposta similar está travada: “Não legislar também é legislar”.
Respeito à Constituição
Ao defender a participação de seu partido, o Progressistas, no governo, Lira também contrariou o presidente Bolsonaro e afirmou que só atua “dentro dos limites” da Constituição. “Nós jogamos dentro das quatro linhas”, declarou. “Todas as vezes que se tornar necessária a intervenção nossa, nós iremos fazer.” Na semana passada, Bolsonaro ameaçou ultrapassar os limites constitucionais ao comentar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, doSupremo Tribunal Federal (STF), de incluí-lo no inquérito das fake news.
Com informações da AFP