O ex-deputado venezuelano Freddy Guevara, colaborador próximo do líder opositor Juan Guaidó, foi libertado na noite de domingo(15), após ser acusado de traição e terrorismo.

Guevara foi preso em 12 de julho por membros do serviço de inteligência venezuelano Sebin.O Ministério Público, acusado de servir ao chavismo, justificou as acusações ao relacioná-lo a violentos confrontos entre policiais e gangues em um bairro de Caracas, que o governo do presidente Nicolás Maduro vinculou a um plano de derrubá-lo.

Sua libertação ocorre em meio a um processo de negociação entre o governo e a oposição no México, mediado pela Noruega, que inclui a libertação de presos políticos entre os itens da agenda.

“Não estou certo sobre quais são as medidas (de liberdade), tenho que revisá-las”, disse Guevara, de 35 anos, à imprensa em sua residência.

“Enquanto não houver solução política aqui na Venezuela, sei que minha liberdade é condicional como a liberdade de todos os venezuelanos”, acrescentou.

Uma de suas advogadas, Teresly Malavé, informou à AFP que o juiz “não lhe impôs condições”.

Guevara, ex-deputado do Parlamento eleito em 2015 e cujo mandato expirou em janeiro de 2021, estava detido em El Helicoide, sede do serviço de inteligência. Durante seu tempo sob custódia, ele sofreu de covid-19, doença sobre a qual seu médico e sua família advertiram que poderia ter consequências devido a um histórico de arritmia.

No passado, Guevara foi acusado de incitar à violência em protestos antigovernamentais que deixaram cerca de 125 mortos em 2017. Recebida sua denúncia, se refugiou na embaixada chilena até receber indulto de Maduro em setembro do ano passado.

Com informaçoes da AFP