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Ex-deputado é investigado por suposta atuação em milícia digital; nas redes sociais, político disse que o ministro está ‘prendendo os conservadores para entronizar os comunistas’

Polícia Federal identificou suposta atuação de Roberto Jefferson em uma milícia digital, voltada para proferir ataques à democracia

A Polícia Federal cumpriu mandado de prisão e busca contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson nesta sexta-feira, 13, no Rio de Janeiro. A ordem de prisão preventiva partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido da própria Polícia Federal, que identificou suposta atuação do político em uma milícia digital, organização voltada para proferir ataques à democracia. Segundo Moraes, o presidente nacional do PTB incitou, mais de uma vez, “prática de crimes (invasão ao Senado Federal, agressão a agentes públicos e/ou políticos etc)” e “ofendeu a dignidade e o decoro de ministros do STF, senadores integrantes da CPI da COVID-19 e outras autoridades públicas”. Foram atribuídos ao ex-parlamentar crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes. Além da busca e apreensão e do mandato de prisão, Moraes autorizou o acesso a mídias de armazenamento (inclusive celulares, HDs, pen drives apreendidos, materiais armazenados em nuvem) do ex-deputado.

Também na rede social, a filha do ex-deputado, Cristhiane Brasil, falou sobre o mandado de prisão, citando “perseguição política” e reclamando que os agentes teriam ido na casa da mãe dela. “Mais uma vez a PF tirou minha mãe da cama, às 6h da manhã, que tem 70 anos, dificuldade de locomoção, batendo na casa errada! Ela e meu pai já estão separados há 20 anos! Somos perseguidos políticos – a família inteira, é isso?”, afirmou, citando que os responsáveis pelo pedido de prisão vão “pagar caro”.