(ANSA) – O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, culpou nesta segunda-feira (2) a “retirada abrupta” das forças militares dos Estados Unidos pelo avanço de células do Talibã em cidades cruciais do país.Durante um discurso ao Parlamento, Ghani explicou o plano de segurança do governo e previu que “em seis meses, a situação estará sob controle”. No entanto, o mandatário alertou que “haverá consequências” para Washington.

    Após o pronunciamento, os parlamentares emitiram uma nota de “firme apoio” ao governo de Ghani.

Atualmente, os talibãs estão fazendo ataques pesados em três capitais de províncias: Lashkar Gah, Kandahar e Herat, além de ter conseguido controlar áreas de fronteira. Durante todo o fim de semana, milhares de civis precisaram fugir de suas casas por conta da intensificação dos combates.

Após o pronunciamento de Ghani, o Talibã emitiu uma nota oficial em que diz que a fala do presidente “é sem sentido” e que o “tempo dele” na presidência “chegou ao fim”.

O grupo terrorista voltou a avançar por diversas cidades do país desde que os norte-americanos e os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aceleraram a sua saída da guerra.

Em fevereiro de 2020, o então presidente norte-americano Donald Trump assinou um acordo de paz com o Talibã, em que anunciava a retirada total das tropas do país. No entanto, quando Joe Biden assumiu, houve um momento de indecisão sobre quando os militares sairiam de vez.

Primeiro, ele estipulou a data simbólica de 11 de setembro, quando serão completados os 20 anos dos ataques terroristas nos EUA – cometidos pelo Talibã. Agora, Washington estima que todos deixarão o país até o fim de agosto.

Com informações da ANSA.