Last updated on agosto 6th, 2021 at 11:05 am
A Associação dos Cronistas Esportivos da Paraíba (Acep) já viveu dias negros e, apesar de sua história, enfrentou momentos que nem de longe parecia uma entidade representativa. Constituída por cronistas renomados, a sua sede na Rua da República, no Centro de João Pessoa, chegou a ser transformada num amontoado de lixo e entulhos que causava vergonha à categoria.
Foi dessa forma que João Camurça encontrou a Acep no seu primeiro mandato como presidente. A tarefa era das mais inglórias, mas ele arregaçou as mangas e caiu em campo com o propósito de tirar a entidade do marasmo administrativo A meta era coloca-la num lugar de destaque em relação às demais entidades de cronistas esportivos do país.
Com bom tino administrativo, Camurça traçou planos e metas para seguir em frente e transformar a Acep em modelo. A primeira ação administrativa foi resgatar a sede da Rua da República, cartão de visita dos cronistas esportivos, que tinham vergonha de passar por lá. A tarefa foi cumprida com brilhantismo.
A Acep também tinha um campo de futebol quando Camurça assumiu o mandato. Ficava próximo ao Estádio Almeidão, mas estava precisando de reforma e de melhorias em toda a sua estrutura. O presidente fez todos os serviços necessários – gramado de primeira qualidade, iluminação, vestiários, poço artesiano, bar dentro do campo, entre outros.
Na administração João Camurça, a Acep tinha até sede social em Fagundes, mas depois foi vendida por conta da baixa frequência dos cronistas. Em apenas dois anos de gestão, houve uma revolução administrativa na associação, que chegou a ser elogiada por presidentes de outras entidades.
O campo era uma fonte de renda da associação, que arrecadava recursos através de seu aluguel para partidas de futebol e outros eventos. No entanto, a entidade deixou de prestar esses serviços quando foi construído o Viaduto do Geisel pelo Governo do Estado, que se comprometeu em ceder outro terreno para construção do estádio. Infelizmente, isso não aconteceu até o momento.
Depois que Camurça deixou a Acep, quem assumiu a presidência foi Ronaldo Belarmino, que não conseguiu viabilizar o terreno para a novo campo até terminar o mandato. Com a eleição de Ailton Cavalcante, caberá ao novo presidente lutar para conseguir resgatar a Acep do ostracismo financeiro.
A missão não será fácil, mas Ailton é batalhador e vai contar com o apoio de Camurça e de todos nós para conseguir o campo, que, além da fonte de renda, é uma área de lazer para os cronistas esportivos. Quanta saudade das festas de final de ano que eram realizadas durante a gestão de João Camurça!
Como já administrou outra entidade, Ailton sabe o caminho para conseguir este benefício. Estamos juntos nessa difícil caminhada, presidente, na busca por esse resgate histórico do campo.
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CARLOS VIEIRA – Jornalista Profissional, colunista, cronista esportivo e editor setorial do Jornal A União