Estados Unidos, Reino Unido e Israel estão entre os países mais vacinados do mundo, mas todos enfrentam alta de casos de Covid e hospitalizações relacionadas à delta. Autoridades de saúde dos EUA fazem apelos aos que ainda hesitam para que se vacinem na tentativa de controlar a propagação do coronavírus, que poderia levar a mutações mais perigosas.
Apesar disso, as vacinas atuais continuam a oferecer um grau relativamente alto de proteção, dizem pesquisadores de instituições no Reino Unido. Pessoas com regime completo de vacinação têm três vezes menos probabilidade de se contagiar com a delta do que os não imunizados e menos probabilidade de sofrer casos de Covid-19 sintomática ou de transmitir o vírus a outras pessoas se forem infectadas, de acordo com o estudo.
O estudo, chamado React-1, analisou resultados dos testes da Covid de 24 de junho a 12 de julho. O período corresponde aproximadamente ao aumento de casos no Reino Unido. A delta tomou o lugar da cepa alfa, identificada pela primeira vez no sul do país e que provocou caos no inverno passado.
A reinfecção de pessoas com imunização completa se torna uma questão cada vez mais importante em países com altas taxas de vacinação. É uma preocupação que ainda afeta uma pequena parte do mundo, já que apenas 13% da população global está totalmente imunizada, a maioria no mundo desenvolvido, segundo os autores.
As infecções durante o período do estudo tiveram maior impacto entre os jovens do país, com cerca da metade dos testes positivos identificados em pessoas entre 5 e 24 anos. Essa faixa etária representa apenas 25% da população da Inglaterra, de acordo com o relatório, que ainda não foi revisado por pares.
A divisão por idade sugere que intervenções direcionadas a pessoas mais jovens podem ter um impacto “desproporcional” na desaceleração das ondas de Covid, escreveram os autores. Ao vacinar pessoas entre 12 e 17 anos, por exemplo, autoridades de saúde poderiam “reduzir significativamente o potencial de transmissão no outono”, quando as interações sociais entre grupos aumentam, disseram.
Com informações do Bloomberg.com