LUCAS LACAZ RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDOMinistro defendeu a que a recuperação de um país depende de ‘ciência, tecnologia e inovação’ e afirmou que há 100% de chance de novas pandemias
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, o governo federal trabalha na construção do Centro Nacional de Vacinas, em Minas Gerais
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, acredita que o Brasil deve ser totalmente independente para a produção de vacinas a partir do ano que vem. Segundo ele, ao menos três laboratórios estão aguardando aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para continuidade dos estudos sobre imunizantes contra a Covid-19. “Ministério trabalhou inicialmente, desde fevereiro do ano passado, por meio da rede vírus MCTI, que é uma rede de pesquisadores e cientistas, com 15 protocolos, tecnologias de vacinas completamente nacionais e uma em parceria com os Estados Unidos. Desenvolvemos as tecnologias, agora precisa de coordenação entre o desenvolvimento e a produção em escala. Isso vai ser feito no Centro Nacional de Vacinas, que está em Minas Gerais. O Brasil vai estar no ano que vem completamente preparado e independente da produção de vacinas”, disse o ministro. Ele ressaltou que a estratégia não visa apenas a independência do país apenas no desenvolvimento de imunizantes, mas também de medicamentos.
No entanto, para que essa independência seja possível, é preciso investimento. De acordo com Marcos Pontes, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação recebeu o orçamento mais baixo em 2021, com uma sequência de redução acentuada desde 2013. Com a pandemia, a pasta recebeu acréscimo na receita de R$ 1 bilhão, o que permitiu o desenvolvimentos de remédios e testes contra a Covid-19 nacionais. Para mudar esse cenário, o ministro aposta no diálogo com a pasta da Economia. “Conversei com Paulo Guedes, segundo ele, vai haver espaço fiscal no ano que vem e vai aumentar [o orçamento], tenho contado com isso”, disse Pontes ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, afirmando que o ministério busca alternativas, como projetos com investimentos externos. “Temos trabalhado em três estratégias e isso vai melhorar o orçamento no ano que vem. Tenho que fazer a propaganda, para a recuperação de um país é essencial ciência, tecnologia e inovação.”
Com informações da Jovem Pan