“Atualmente, a Rússia está sediando o ‘ano da Alemanha’, com o desenvolvimento econômico no centro dos assuntos.
Mantemos um contato permanente por telefone. Nós temos muitas questões que precisam ser enfrentadas em um encontro cara a cara e estou certo que essa não será apenas a visita do adeus, mas na sequência da decisão de não tentar novamente o cargo de chanceler, seja uma visita cheia de conteúdos sérios e práticos”, disse Putin no discurso inicial.
Por sua vez, Merkel – que deixa o cargo no fim de setembro – afirmou que os dois líderes “têm muito o que conversar” tanto nos assuntos bilaterais como “pontos da agenda internacional, como “na última conferência sobre a Líbia e sobre o Afeganistão”.
“Conversaremos depois sobre questões sobre a sociedade civil e as organizações não governamentais e vamos preencher todo o nosso tempo”, acrescentou Merkel.
No cargo de chanceler desde 2005, Merkel e Putin sempre foram opostos em, basicamente, tudo. Da proteção dos direitos humanos às relações internacionais, a relação entre ambos sempre foi intensa.
No ano passado, por exemplo, foi a Alemanha quem abrigou e tratou o principal opositor de Putin, Alexei Navalny, depois que o advogado foi envenenado antes de um voo entre a Sibéria e Moscou – algo que o presidente russo sempre negou.
Desde a tomada da Crimeia pelos russos, em 2014, as relações se deterioraram ano após ano, com os alemães – por meio da União Europeia – e os russos trocando sanções econômicas.
No domingo (22), Merkel embarcará para a Ucrânia para se encontrar com o presidente Volodomyr Zelensky. A pacificação entre ucranianos e russos, contudo, será uma das metas não atingidas pela alemã durante o seu longo mandato. (ANSA).
Com informações da ANSA