Babe aponta para a tendência de pessoas mais jovens – entre 30 e 40 anos – serem mais propensas à contaminação. Nesse contexto, o pediatra reforça a importância da vacinação para os pais.O especialista fala sobre o risco de transmissão também durante as visitas aos recém-nascidos: “Quando uma criança nasce, é normal que a família apareça. Só que hoje existe o risco de um bebê de apenas 15 dias ter que voltar ao hospital, com sintomas como febre muito alta”.
Durante as ondas de contaminações anteriores, o pediatra conta ter recebido “dois casos em média por semana” de crianças. As ocorrências aumentaram para “25 em menos de três semanas, entre fim de julho e começo de agosto”.
Nenhum caso grave foi registrado até o momento em Nice entre as crianças internadas.
Proteção e vacina
O médico faz um apelo para as famílias retomarem as medidas de proteção e que todos se vacinem, principalmente as mulheres grávidas.
De acordo com um relatório de novembro de 2020 do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França, 13% das mulheres que eram casos positivos no momento do parto apresentavam complicações pós-parto, contra 4,5% de parturientes com resultado negativo.
A vacinação de mulheres grávidas, insiste o Babe, reduz o risco de transmissão ao bebê, com quem, necessariamente, também vão estar em contato após o nascimento.
Além da evolução atual da epidemia, o médico de Nice alerta para a falta de profissionais no Hospital Lenval. Muitos não podem trabalhar porque são casos positivos ou não vacinados.
A mobilização contra a obrigatoriedade do passaporte sanitário para o setor de saúde vem aumentando na França, e muitos “jalecos brancos” devem participar de novas manifestações no próximo sábado.
Com informações da RFI