A decisão de estender o período de vigência do decreto foi anunciada nesta segunda-feira 2 pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC). A manutenção da regra, porém, indica uma grande mudança no posicionamento do governo de Joe Biden, que trabalhava para reverter a medida.
A Casa Branca sofria há meses pressão interna dos democratas e ativistas para revogar a regra. Para eles, a medida é usada mais para conter o fluxo migratório na fronteira e mitigar a pressão de republicanos do que para impedir a propagação da Covid-19. A disseminação da variante Delta e o aumento de casos de Covid-19 nos EUA, contudo, deram impulso ao argumento de saúde pública.
Ainda assim, a ONG União das Liberdades Civis Americanas (ACLU) disse que seguiria em frente com um processo que já está em andamento para forçar o governo a suspender o Título 42.
Fluxo imigratório
Apenas em junho, segundo dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês), 188.829 pessoas foram detidas ao tentar entrar no território americano. Este é o maior número desde abril de 2000.
Os imigrantes são de sua maioria da América Central, e chegam ao país pelo Vale do Rio Grande, na fronteira sul do Texas com o México. Nesse ponto, assim como outros ao longo da fronteira, houve um pico nos casos de coronavírus devido à variante delta.
Na sexta-feira 30, o governo Biden retomou oficialmente as deportações rápidas por meio de transporte aéreo de indocumentados para seus países de origem na América Central. Dois voos odecolaram de Brownsville, no Texas, com 73 pessoas a bordo. Segundo o jornal The Washington Post, o número alvo inicial era de 147 adultos e menores, mas muitos deles tiveram que ser retirados das salas de espera imediatamente após terem testado positivo para coronavírus ou terem tido contato com uma pessoa infectada.
Com informações da Veja.com