A Arábia Saudita começará a reabrir suas fronteiras aos peregrinos vacinados que visitarem a cidade santa de Meca quase 18 meses depois de fechá-las por causa da pandemia do coronavírus, anunciou a imprensa estatal neste domingo (7).
A Umrah é a peregrinação que pode ser feita a qualquer momento, diferentemente do hajj, que ocorre uma vez por ano, e costuma atrair anualmente milhões de fiéis de todo o mundo.
A pandemia de covid-19 impactou duramente ambas as peregrinações, que costumam ser fontes importantes de receitas para o reino saudita. Em tempos normais, as duas geram receitas de cerca de US$ 12 bilhões ao ano.
Antes deste anúncio, apenas peregrinos imunizados residentes na Arábia Saudita eram elegíveis a receber permissões para a umrah, embora o hajj seja realizado em uma escala menor desde que a pandemia começou.
Todo peregrino estrangeiro precisa estar imunizado com uma vacina reconhecida pelas autoridades sauditas e concordar em se submeter a quarentena, destacou a SPA, citando o vice-ministro saudita Abdulfattah bin Sulaiman Mashat.
O reino, antes recluso, começou a emitir vistos de turismo pela primeira vez em 2019 como parte de um incentivo ambicioso para renovar sua imagem global e atrair visitantes.
Entre setembro de 2019 e março de 2020, emitiu 400.000 vistos deste tipo até a pandemia interromper este impulso com o fechamento das fronteiras.
O governo tem acelerado um esforço de vacinação nacional para reviver o turismo e outros setores afetados pela pandemia, como o de competições esportivas e eventos de entretenimento.
A vacinação é obrigatória para qualquer um que queira ingressar em estabelecimentos oficiais e privados, incluindo instituições de ensino e locais de entretenimento, bem como para usar o transporte público.
A Arábia Saudita registrou cerca de 532.000 casos de covid-19 e mais de 8.300 mortes.
Com informações da AFP