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Diretoria da agência não descartou, porém, que utilização da vacina nesta faixa etária pudesse ser aprovada após apresentação de novos dados
Diretoria da Anvisa deliberou sobre aplicação da CoronaVac em menores de idade nesta quarta
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou por unanimidade o pedido de uso emergencial da vacina CoronaVac para menores de idade que tenham entre três e 17 anos no Brasil. A votação foi realizada nesta quarta-feira, 18. Uma análise técnica feita por membros do órgão concluiu que os dados apresentados até o momento pelo Instituto Butantan, desenvolvedor da vacina no país, não são suficientes para estabelecer um perfil de segurança confiável do imunizante à população infantil.
“Dados robustos e informações mais consistentes podem ser apresentadas para que a gente reconsidere esta questão”, afirmou o gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos. Em seu voto, a diretora Meiruze Souza Freitas, relatora da análise, foi contra o urso emergencial, mas recomendou a aplicação da terceira dose de reforço da Coronavac para idosos e imunossuprimidos, além de determinar que o Instituto Butantan apresentasse dados complementares e de acompanhamento da população adulta. Os diretores Rômison Rodrigues, Alex Machado, Cristiane Rose Jourdan e Antonio Barra Torres seguiram o voto da relatora.
Gustavo Mendes apontou incertezas sobre a duração da proteção oferecida pelas vacinas nas crianças com e sem comorbidades. Ele também afirmou que um número insuficiente de participantes para caracterizar o perfil dos três aos 17 anos, que foram apenas 586 nos estudos do Instituto Butantan, trouxeram outras incertezas sobre a pesquisa, assim como os detalhes dos subgrupos dentro dessas faixas etárias.
Parte dos estudos analisados pela agência usam, em média, dois mil pessoas. “Se a gente tem uma população muito pequena, a gente não consegue nem observar as reações raras. E a gente sabe que as reações raras precisam ser investigadas, precisam ter um cuidado muito maior e precisam constar em bula para que as pessoas que são suscetíveis possam se proteger”, disse. Até o momento, o único imunizante liberado para menores de 18 anos no Brasil é o da Pfizer, que pode ser aplicado em qualquer um com mais de 12 anos.
Com informações da Jovem Pan