O aumento de casos de covid-19 em Israel, onde a maioria da população recebeu a vacina da Pfizer/BioNTech, é um “sinal preliminar” de que este imunizante pode ser menos eficaz para prevenir as formas leves do coronavírus provocadas pela variante Delta – afirmou um especialista nesta segunda-feira (5).

© JACK GUEZ Enfermeira prepara dose da vacina Pfizer/BioNTech contra a covid-19 em centro de imunização da cidade de Holon, perto de Tel Aviv

Ran Balicer, presidente do painel nacional de especialistas em covid-19 de Israel, destacou, no entanto, que é “muito cedo para avaliar com precisão a eficácia das vacinas contra a variante”, identificada pela primeira vez na Índia em abril e que está se propagando por todo mundo.

Balicer, que também diretor de Inovação da seguradora de saúde Clalit, disse à AFP que o surgimento da variante Delta como mutação dominante provoca uma “grande mudança na dinâmica da transmissão”.

 

A campanha de vacinação em Israel, que começou em dezembro, foi uma das mais rápidas do mundo, o que fez do país um caso de estudo.

A vacinação reduziu a transmissão para cinco novos casos locais diários. Nos últimos dias, porém, o número aumentou para quase 300 por causa da variante Delta.  

Quase metade dos casos diários acontece em crianças, e a outra metade, em adultos – em sua maioria vacinados. 

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, advertiu no domingo (4) que, “com a variante Delta fora de controle”, o país pode ser obrigado a introduzir certas restrições que foram suspensas no mês passado.

Com informações da AFP