A protester holds a sign reading 'when will the vaccine against police violence be available?' as journalists take pictures near a burning car during a demonstration for 'social rights' and against the 'global security' draft law, which Article 24 would criminalise the publication of images of on-duty police officers with the intent of harming their 'physical or psychological integrity', in Paris, on December 5, 2020. (Photo by Anne-Christine POUJOULAT / AFP)

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais de 200 mil franceses saíram às ruas neste sábado (31), nas maiores manifestações até agora contra o certificado de vacinação criado pelo governo do presidente Emmanuel Macron, que libera o retorno de algumas atividades somente para pessoas completamente imunizadas contra a Covid-19.

De acordo com autoridades do ministério do Interior, foram contabilizados 204.090 manifestantes em todo o país –14.250 deles na capital, Paris, onde dez pessoas foram presas e três policiais ficaram feridos em confrontos.

Os protestos deste final de semana em toda a França reuniram 40.000 manifestantes a mais do que no final de semana passado.

Este é o terceiro final de semana seguido em que a França registra manifestações de cidadãos insatisfeitos com o passe vacinal criado pelo governo Macron. O passe vacinal já era exigido no acesso a museus e cinemas, e passou a ser exigido em bares, restaurantes e trens.

“Estamos criando uma sociedade segregada e eu penso que é inacreditável que isso esteja acontecendo no país dos direitos humanos”, disse Anna, uma professora que saiu às ruas em Paris, à agência de notícias Reuters.

“Então eu saí às ruas. Eu nunca havia protestado antes em minha vida. Acredito que nossa liberdade está sob perigo.”

A França é um dos países europeus com maior número de pessoas céticas em relação à vacina contra o coronavírus. Esta semana, o país ultrapassou 50% da população imunizada, e vê uma aceleração do contágio, com mais de 24.300 casos registrados na última sexta-feira (30).

Com informações da Folha