Em uma declaração conjunta divulgada após o encontro, Macron e Suga lembraram a importância de promover uma “região Indo-Pacífico livre e aberta, inclusiva e baseada no Estado de Direito”, num momento em que as ambições da China na região provocam preocupação tanto do lado japonês quanto entre as potências ocidentais.
Também discutiram a cooperação franco-japonesa na luta contra o aquecimento global, que “não é uma limitação, mas sim um vetor de inovação e criação de empregos”, e expressaram o desejo de “fortalecer” os laços econômicos e comerciais entre os dois países.
Sobre o espinhoso tema dos sequestros parentais no Japão, a declaração conjunta é lacônica: a França e o Japão “estão empenhados em reforçar seu diálogo, no melhor interesse das crianças”.
Essa prática tolerada e comum no Japão, onde o princípio da guarda compartilhada não existe legalmente, voltou aos holofotes da imprensa pela greve de fome iniciada há duas semanas por Vincent Fichot, um francês que mora em Tóquio e que não vê seus dois filhos desde que sua esposa japonesa saiu de casa com eles há quase três anos.
Alguns conselheiros de Macron visitaram Fichot na quinta-feira, que acampa dia e noite em frente a uma estação de metrô perto do Estádio Olímpico de Tóquio.
Questionado na quinta-feira pela AFP, Fichot se declarou “decepcionado” com o encontro e garantiu que planeja continuar sua ação.
As autoridades francesas “não têm má vontade, mas essa vontade não é forte o suficiente” para realmente pressionar o Japão que, segundo Fichot e muitos outros pais que enfrentam a mesma situação, não respeita seus compromissos internacionais sobre os direitos das crianças.
“Preciso de resultados, não de atos simbólicos”, acrescentou.
Após a luta da judoca francesa Shirine Boukli (categoria -48 kg), vencida pela sérvia Milica Nikolic, Macron assistirá ao basquete feminino 3×3 no final da tarde antes de voar para a Polinésia Francesa no início da noite.
Com informações da AFP