“Os ianques vieram e disseram ‘América para os americanos’ e começaram a dominar nossos países. E o país que não se deixava dominar, eles invadiram ou deram golpes”, lembrou.
Afirmou que quando os candidatos de Washington não vencem uma eleição “fazem todo o possível para desestabilizar o país, como fizeram em Cuba, Venezuela, Bolívia e no, passado, o Brasil”.
Sete candidatos à presidência da oposição estão presos pela justiça nicaraguense por “minar a independência, a soberania, a autodeterminação e incitar a intervenção estrangeira”.
Entre os presos está Cristiana Chamorro, filha da ex-presidente Violeta Barrios de Chamorro (1990-1997), que aparecia nas pesquisas como a favorita para enfrentar uma candidatura quase certa à reeleição de Ortega, no poder desde 2007, após duas reeleições sucessivas.
Os partidários de Ortega presumem que Ortega, de 75 anos, buscará um quarto mandato consecutivo.
Seus opositores não poderão se registrar devido às denúncias feitas pelo Ministério Público, com base em uma polêmica lei, aprovada em dezembro passado, que pune com prisão aqueles que promovem ou aplaudem as sanções internacionais contra Manágua.
Mais de trinta funcionários e parentes de Ortega foram punidos por Washington por corrupção e violação dos direitos humanos desde 2018, quando o país foi abalado por fortes protestos, cuja repressão deixou mais de 300 mortos.
Ortega falou depois de comparecer, junto com sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, à seção eleitoral de sua casa em Manágua para confirmar se seus nomes constavam dos cadernos eleitorais.
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